as botinas de fim de tarde
quando percorreram pastos
e criaram até calos nos pés
Luiza Maciel Nogueira
mente desatina
aroma de pés descalços
fora da botina
Francisco Soares Neto
poeta descalço
a andar por sobre letras
Gogh registrou
Francisco Soares Neto .
DE TANTO CAMINHAR PELA LINHAS....
DESGASTARÃO SEUS SOLADOS PARA FAZER POESIAS
Ana Paula Varnier
o sapato acaba
a arte dura
a alma é antiga
a vida é breve
Gerson Carvalho
em sapatos desgatados
versam versos atemporais
no pintor que a tela pinta
em matizes e cores primais
vida que pulsa
salta da tela.
Ianê Mello
Há que se ter sapatos...
Assim, se estará pronto
Para partir...
E andar pelas ruas da vida
Enfrentar dilemas!
Para partir...
E andar pelas ruas da vida
Enfrentar dilemas!
Partirei de mim
Nas ruelas do destino
Rastros de cometa
A fim de encontrar o eu
Que perdido ficou
Nos mundos países
Que um dia, em sonho (ou não), fui
A correr veloz
Atropelo um anjo atroz
Asas sonhadoras
Que de tão sonhadoras
Em grande sonho me fez!
Hoje sou homem-sonhador
Porque fui sonhado!
Sonhei marchar firme
Sobre a ponte dos sonhadores
Hoje pesadelos
Que mesmo sendo pesadelos
Me movem....
Por que são os gritos
Que me levam à vida!
Vou de encontro à vida
Botinas com asas leves
Sina de poeta
Andar...
Andar...
E andar!
E ao fim...
Tirar as botinas
E descansar.
De preferência numa varanda
Tomando água de coco!!!
Por: Vanessa Vieira e Francisco Soares Neto
Nenhum comentário:
Postar um comentário